Os tempos mudam e os hábitos, que em determinada época pareciam ser a fina flor da sofisticação, anos mais tarde temos até a impressão de que aquilo, às vezes, era de uma singeleza quase beirando o ridículo.
Uma das coisas que eu gostava de fazer em adolescente era ir ao Aeroporto de Congonhas, que nem internacional era ainda, para ver os aviões. Olha que coisa estúpida, ir ao aeroporto simplesmente para ver aviões. E o pior, eu adorava aquilo. Achava o local extremamente sofisticado. O edifício na época nem tinha a grandiosidade dos dias de hoje, mas eu achava muito bonito, os pilares que sustentavam o mezanino, as escadarias, o piso de mármore quadriculado de preto e branco, o café, tudo realmente era um espetáculo.
Mas o que eu gostava mesmo de fazer era ir para um lugar, chamado de prainha, que na realidade tinha o aspecto de uma arquibancada e ficava no teto de boa parte do prédio. Dali se conseguia enxergar toda a pista, que era ridiculamente pequena, o pátio de estacionamento e principalmente eles, as espetaculares máquinas de voar. Com muita sorte se conseguia ver ali estacionados três no máximo quatro delas. Um pouso ou uma decolagem necessitava de muito, mais muito tempo de espera para conseguir ver. Quando acontecia a subida ou a decida de uma aeronave normalmente era seguida de uma efusiva salva de palmas vinda dos espectadores.
Quase todos os aviões eram brancos e azuis ou pratas e azuis, os modelos variavam bastante, mas as cores eram de uma monotonia ímpar. Eis que um belo dia surge uma nova companhia aérea que resolveu colorir seus aviões, eram cinco, um de cada cor. Tinha verde, azul, vermelho, amarelo e rosa. Ir ao aeroporto começou a ter hora marcada - só quando estivesse estacionado algum avião da tal empresa. A prainha ficava lotada para ver a belezura das novas aeronaves.
Se falar sobre este assunto para qualquer pessoa um pouco mais nova, com certeza ela vai achar que o programa era para lá de babaca, mas que isto era muito bom com certeza era.
Uma das coisas que eu gostava de fazer em adolescente era ir ao Aeroporto de Congonhas, que nem internacional era ainda, para ver os aviões. Olha que coisa estúpida, ir ao aeroporto simplesmente para ver aviões. E o pior, eu adorava aquilo. Achava o local extremamente sofisticado. O edifício na época nem tinha a grandiosidade dos dias de hoje, mas eu achava muito bonito, os pilares que sustentavam o mezanino, as escadarias, o piso de mármore quadriculado de preto e branco, o café, tudo realmente era um espetáculo.
Mas o que eu gostava mesmo de fazer era ir para um lugar, chamado de prainha, que na realidade tinha o aspecto de uma arquibancada e ficava no teto de boa parte do prédio. Dali se conseguia enxergar toda a pista, que era ridiculamente pequena, o pátio de estacionamento e principalmente eles, as espetaculares máquinas de voar. Com muita sorte se conseguia ver ali estacionados três no máximo quatro delas. Um pouso ou uma decolagem necessitava de muito, mais muito tempo de espera para conseguir ver. Quando acontecia a subida ou a decida de uma aeronave normalmente era seguida de uma efusiva salva de palmas vinda dos espectadores.
Quase todos os aviões eram brancos e azuis ou pratas e azuis, os modelos variavam bastante, mas as cores eram de uma monotonia ímpar. Eis que um belo dia surge uma nova companhia aérea que resolveu colorir seus aviões, eram cinco, um de cada cor. Tinha verde, azul, vermelho, amarelo e rosa. Ir ao aeroporto começou a ter hora marcada - só quando estivesse estacionado algum avião da tal empresa. A prainha ficava lotada para ver a belezura das novas aeronaves.
Se falar sobre este assunto para qualquer pessoa um pouco mais nova, com certeza ela vai achar que o programa era para lá de babaca, mas que isto era muito bom com certeza era.
4 comentários:
Como eu estou longe de ser uma pessoa "um pouco mais nova", sei
muito bem do que tu estás falando.
Na minha época equivalente, também adorava ir até o "Salgado Filho" e sentir todas estas coisas...
Meu pai me levou algumas vezes para ver os aviões chegarem lá no aeroporto da pampulha.É nostalgico ,mas legal.
Imagine, Otávio, ainda que eu não seja da geração que ia passear no aeroporto, é fascinante ouvir a tua narrativa. Para com essa história de babaca, e nos dê mais causos divertidos desses!!
Como o Roberto já falou, lá no nosso rincão também tínhamos este hábito. Só demorávamos um pouco mais que em SP. Imagina esperar pelas duas únicas decolagens que aconteciam nos anos 60 no aeroporto. Lazer para um dia inteiro.
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