terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Ilusão de ótica.

Hoje o UOL trazia em sua página de rosto, um espaço reservado às crianças com a ilustração acima, com a seguinte chamada - Teste de ótica: quantas pernas têm o elefante? Entrei e qual foi minha surpresa quando, além do elefante, descobri outras figuras provocando uma ilusão de ótica que achei fantástica.

Vale a pena conferir – clique aqui

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Comeugarrolemorreu.

Outro dia, após um lanche, eu estava falando com um amigo e ele começou a folhear um jornal. Imediatamente, tirei o jornal das mãos dele e falei a frase acima. Ele quase morreu de rir e disse que nunca tinha ouvido falar disto. Estranhei porque afinal, lá pelas bandas das Gerais é um ditado bem comum, uma frase que desde pequeno minha mãe já me falava com a finalidade de evitar que eu lesse durante ou após as refeições. Os velhos diziam que fazia mal. Como não bastava proibir, inventavam ditados.

Apesar de ter dito a ele que se tratava de um ditado popular da região onde nasci, fiquei pensando: será que isto é um ditado regional mesmo, ou será que é coisa familiar, mais restrita? Afinal só tinha ouvido minha mãe falar isto, no máximo as minhas irmãs. Tentei lembrar de alguém na minha infância falando. Não, só minha família, ninguém mais. Só em casa se comessegarrasselemorria.

Lógico que fui dar uma pesquisada. E não é que encontrei. Lá estava – forma popular de expressar a frase “comeu agarrou a ler, morreu”, muito popular no sudoeste de Minas Gerais e noroeste de São Paulo. Bem onde fica minha terra.

Então minha gente, cuidado! Comeugarrolemorreu. Podem divulgar.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Namorados' meme.

Minha primeira reação foi dizer – que pena, eu perdi o prazo. Depois acordando para a realidade me dei conta da data em que a amiga Adriana estava postando. Enfim, fiquei sem saber se colocava um post do meme ou não. Depois de dúvidas, dúvidas e dúvidas resolvi adaptar uma versão tupiniquim do meme do Valentine’s day.

Meme do Dia dos Namorados

A amiga Adriana do Três Marias ofereceu-me este meme, agora com a indicação de depois de receber, ao invés de 10 minutos, vocês tem dias e dias para responder a 2 perguntas e passá-lo para quantas pessoas quiserem, se quiserem. Nova data de finalização: no dia dos namorados no Brasil, 12 de junho à meia-noite.

As perguntas são:

- O que gostarias que o teu par te oferecesse neste dia?
- E o que responderias em agradecimento?

As minhas respostas:

- Tudo o que eu tenho direito!
- Agradecido.

Agora com o prazo de validade estendido passo aos amigos Chrises, BloGui, Lele, Musikal, Paranoid J e PI. Excluo o Guris, eu vi! por motivos óbvios. Ele já se aproveitou da oportunidade.

Selinho amigo.

Ontem eu recebi um presente do blog SALA E COZINHA, que me deixou muito orgulhoso. Principalmente pela demonstração de carinho e reconhecimento.

A partir de hoje, graças à consideração da amiga Adriana, o Chille-Verde se tornou um blog muito bom, sim senhora! Mesmo sem entender a razão do feminismo explícito achei muito legal.



Regras de premiação:

1. este prêmio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons. Entende-se como “bom” os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários;

2. Só se recebeu o “É um blog muito bom, sim senhora”, deve escrever um post incluindo: a pessoa que lhe deu o prêmio com um link para o respectivo blog; a tag do prêmio; as regras e a indicação de outros sete blogs para receberem o prêmio.

Por limitações temporárias de relacionamento e devido à farta distribuição pela amiga Adriana fiquei sem ter blogs para dar continuidade.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Fatos e fotos.

Na seqüência artística visual resolvi publicar a documentação fotográfica de dois tremendos micos.

Sagrada Família - Barcelona (2005)

Sem questionar ou desmerecer a importância artística e cultural da obra de Antoni Gaudí - a Sagrada Família, devo também reconhecer que quando paguei para conhecer o interior do famoso monumento, foi o canteiro de obras mais caro que conheci. O valor cobrado, pela entrada, excede em muito o ganho com a visita interna desta obra de arte. Aqui vale bem o ditado - Por fora bela viola. Talvez quando estiver terminada, se é que algum dia vai terminar. E receio que não terei tempo de usufruir desta situação. Por fora deslumbrante! Faz esquecer qualquer má impressão do interior.



Sevilla - Passeio pelo Gualdaquivir (2005)

A promessa de um passeio de barco pelas águas históricas do Guadalquivir, repleto de lembranças sevilhanas. No final foram quarenta minutos de desperdício sob um sol escaldante. A vegetação exuberante nas margens impedia praticamente a visão de qualquer dos monumentos descritos pela guia. Em alguns momentos, no meio da selva apareciam edificações que teriam sido construídas para a Expo 92. Acabamos perdendo momentos preciosos das caminhadas terrestres que foram, indiscutivelmente, bem mais superiores.

Nem preciso dizer quem foi o responsável por estas duas tremendas furadas, escolhendo interessadíssimo os dois passeios e apresentando diversas vantagens para a realização dos mesmos. Ainda bem que os locais não tinham catracas, afinal vocês bem sabem que sou meio traumatizado com o equipamento ou o mau uso que alguns fazem com elas.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

A Gabiroba e o Buracão.

Ontem um amigo ficou rindo de mim enquanto conversávamos sobre frutas estranhas, assunto que ainda vai valer um bom post. Eu disse a ele que, quando eu era criança, costumava comer gabiroba no buracão. Depois de muitas gargalhadas, apesar da fácil explicação, ele ameaçou invocar os dedos satânicos e publicar uma estória sobre gabirobas e buracões. Diante do provável estrago a minha reputação resolvi eu mesmo explicar esta estória bem direitinho, aqui no meu blog. Então lá vai.

Gabiroba, alguns mineiros de plantão certamente conhecem, é uma frutinha em formato de bolinha, verde e que dá em touceiras no meio do campo. Uma delícia, azedinha e refrescante, quando se começa não consegue parar de chupar, é, come-se como uva ou jaboticaba. Estala na boca e se engole o miolo. Em qualquer lugar de pesquisa, que trata de frutas tropicais ou brasileiras, vocês com certeza irão achar a gabiroba.

Na minha infância, Monte Santo, a cidade onde nasci se resumia a três ruas principais cortadas por umas dez ruas paralelas. Um jardim, que era chamado de Jardim Velho, em uma das pontas e outro jardim, o Jardim da Igreja, na outra. Depois do Jardim Velho só tinha um campinho de peladas, onde aportavam ali os ciganos, parques de diversão e os circos, depois disto, uns 500 metros à frente, o cemitério.

Justamente entre a cidade e o cemitério, estava o Buracão. Nada de mais, só um terreno em erosão que formava crateras incríveis na terra, enormes e profundas. Local bem apropriado para as mais diversas brincadeiras da criançada, uma beleza, cheio de altos e baixos e com bastantes lugares para se esconder. Como o terreno era erosivo não crescia mato e a única vegetação do local era as touceiras de gabiroba. O que se fazia ali era tudo às escondidas, pois o bom povo mineiro inventava as mais incríveis lendas sobre o terreno, e os pais acabavam por não deixar as crianças brincar lá.

Ai está amigo, uma estória bem simples, típica de quem passou a infância em uma cidade do interior, só isto. Sem maldar, como se diz por lá.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A arte da fotografia.

Não sei muita coisa sobre fotografia, mas sei o essencial. Estar no lugar certo, na hora certa.


Meio do dia – Parque Monceau – Paris – 2004


Amanhecer - Janela do hotel - Sevilha - 2005

Anoitecer - Parque do Retiro - Madri - 2005

Meio do dia - Jardin Japones - Buenos Aires - 2006



Final de tarde - Castelo de Buda - Budapeste - 2007



Anoitecer - Castelo de Praga - Praga - 2007

Só estar no lugar certo o resto a natureza faz.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Só um esclarecimento.

Tenho um amigo que gosta de colocar em seu blog textos relativamente longos e bastante trabalhados. Nota-se o capricho com que ele escolhe os termos e as palavras. Esmera-se para deixar, para quem está lendo, a mensagem bem clara. Propositadamente, quando quer, consegue deixar uma tremenda dúvida quanto ao rumo que devemos tomar para interpretar seus escritos. É tão convincente naquilo que escreve que sempre acaba deixando na dúvida se o que está sendo lido é a mais cristalina verdade ou a mais deslavada mentira. Tem um poder de convencimento como nunca vi em minha vida, invejável. Enfim ele consegue colocar no papel, ou melhor, na tela, suas idéias sempre de maneira brilhante.

Mais ontem não foi nada disso que aconteceu. Seu post, pelo pouco que consegui entender e como já conhecemos sua maneira de escrever, seria uma brincadeira com um outro amigo. Foi só o que consegui decifrar. Fiquei pensando, será que sou eu ou ele que está precisando de uma pequena regulagem. Lógico que a tendência é sempre a gente achar que não estamos conseguindo entender, mesmo porque, tratando-se de quem escrevia, o que se esperava é que ali naquelas palavras deveria ter um entendimento que eu não estava conseguindo captar.

Li, reli, tornei a ler, mais não, a coisa para mim não tinha pé nem cabeça. Não conseguia um elo entre o ditado, o hino e o homenageado. Como o texto era curto, o que é bem incomum, fiquei pensando, será que ficou faltando um pedaço. Se por acaso ficou, deve ser um pedaço bem importante, de extremo esclarecimento para tudo aquilo. Alguma explicação deveria ter.

Como o primeiro comentário do post foi da esposa do homenageado, expressando o mesmo sentimento que o meu, acabei ficando mais tranqüilo, mais mesmo assim ainda bastante curioso.

Então caro amigo, depois de tantos esforços que dedicamos ao entendimento de seus escritos, acho que merecemos uma explicação pelo ocorrido. Pode ser por qualquer meio, um post, um comentário ou um e-mail, uma carta, um bilhete, uma notinha no papel de pão... Qualquer coisa, mas nos ajude a entender o que aconteceu. Senão vou ter de convocar mesmo o workshop programado.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Seu Basílio.

Hoje pela manhã lendo o Três Marias, me veio na lembrança um local muito agradável de minha infância. E como coisa agradável para criança é brincadeira ou doce, imediatamente pulei meus pensamentos para as guloseimas que existiam na época. Eram coisas bastante simples, nada sofisticadas, sem talvez o cuidado como são fabricadas hoje em dia, mas eram muito boas, e bonitas.

Fora as famosas balas citadas pela amiga, a quantidade de doces era bem grande. Tinha uma bala que era feita não sei do que, mas eu achava uma delícia, eram uns bonequinhos transparentes parecendo de vidro, azedinhas que até davam arrepios. Outra maravilha era o doce de abóbora, aquele que tem uma casquinha dura por fora e molinho por dentro em formato de coração, do mesmo jeito existia o doce de batata doce. Tinha doce de leite, pé-de-moleque, as balas de coco, balas moles e duras com receio dentro, garrafinhas de chocolate recheadas com licor, uma loucura. Os sorvetes não existiam iguais, eram de fabricação própria e tinha de diversos sabores, alguns até feitos com a fruta natural. Eram de palito, bem baratinho, ou copinho, mais caros e mais sofisticados. Uma tentação para a criançada.

Todas estas delícias estavam reunidas, no que para mim na época era o melhor lugar do mundo, no Seu Basílio. O lugar era um misto de sorveteria, doceira e mercearia. Sendo que a última era a que menos interessava. Se o local tinha algum nome eu não sei, pra mim sempre foi “lá no Seu Basílio”. Entrar no local era sempre muito bom. Nas minhas lembranças tudo era muito colorido, gostoso e cheiroso. O cheiro era uma coisa a parte, um misto de doce e salgado, por causa da mercearia. Até hoje ainda lembro o cheiro bom que tinha.

Então para mim Seu Basílio não é uma pessoa, apesar de ter sido um velhinho bastante simpático, era o lugar onde eu podia saborear ou olhar com olhos compridos todas as delícias do mundo. Sim, eu era uma criança bastante gulosa.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Doce ilusão.

Depois de quase uma semana sem postar, um pouco por preguiça outro por falta de inspiração - nem comentários nos post dos amigos, uma modorra total, aliás não só de escrever aqui, era alguma coisa de vida mesmo, estava muito largado - resolvi então tomar uma providência. Não, não vou chorar. Vou tentar escrever algo. De hoje não deve passar.

Pensei um bocado e minha inspiração veio de um vislumbre de embate entre dois blogueiros da nossa roda. Um desafiou de cá e o outro de lá, me empolguei bastante, antevendo um novo pega do gaúcho com a mineira. Até coloquei um pouco de lenha da fogueira. Mandei lá uns comentários atiçando um pouco mais. Achei que agora ia.

Esperei um dia e nada, a coisa esfriou novamente. O que será que está acontecendo com os dois, será que estão perdendo a mão. Fugindo da raia. Ora! Depois do bate e volta no post de um deles eu contava com uma reação mais compatível com as batalhas outrora travadas. Paguei pra ver, resolvi aguardar mais um dia.

Quase fiquei furioso quando li os blogs, ontem, e me deparei com os dois levando a vidinha de sempre. Como se os leitores não aguardassem, ansiosamente, pelo desdobrar do desafio. Um além de não ter cumprido o prometido publicou uma coisa até que bonitinha e engraçadinha, mas bem longe daquilo que eu esperava encontrar. Já a outra, na efervescência da provocação, resolve voltar às suas lidas domésticas, estocando aperitivos.

Bem meus amigos, disto tudo só restou um fato bom. Lógico! Eu voltei a postar. Então muito obrigado pelo despertar e espero que as palavras escritas aqui dêem uma agitada nos amigos, senão eu vou começar a duvidar da veracidade de seus embates e achar que tudo não passa de um mero jogo de palavras. Coisas para impressa e autopromoção.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Personagens do carnaval.

Aproveitando esta época de carnaval e a falta de inspiração para as estórias mais autobiográficas, vou imitar as embromações do amigo Odilon e escrever sobre os principais personagens carnavalescos. Todos eles são importados, visto que a festa que representa o orgulho nacional não teve sua origem no folclore indígena. O carnaval brasileiro foi formado, ao longo dos anos, por uma salada de manifestações populares e artísticas que ainda estão por merecer um documento histórico pormenorizado e atualizado.

Na sua forma inicial nada tinha a ver com o samba, mesmo porque esta manifestação musical nem existia, ou com a festa monumental, característica dos dias atuais. Imitando os modelos europeus, os carnavais do século passado se limitavam a desfiles urbanos com foliões usando máscaras e fantasias. As personagens, motivos das fantasias, também eram imitações das suas congêneres carnavalescas de Veneza ou Paris.

A Commedia dell’Arte, surgida na Itália em meados do século XVI como uma forma de representação mais livre e burlesca, criou um contraponto com as peças clássicas representadas de forma mais estruturada. Nela os temas eram apresentados por tipos populares que misturavam a sátira e o romance. O comportamento dos personagens enquadrava-se em padrões: o amoroso, o velho ingênuo, o soldado, o doutor, o fanfarrão, o pedante, o criado astuto.

Em grande destaque aparece o Pedrolino, inspirador do seu similar Pierrot. As suas características de honestidade, charme e gentileza criam um universo cheio de situações corretas em torno deste personagem. Hoje seria considerado um bobo total, visto que dificilmente fugiria do politicamente correto. Vestido de branco – símbolo da pureza – em roupas largas assemelha-se aos palhaços, confundindo-se eventualmente com o Polichinelo.

No seu contraponto encontra-se o Arlequim. Também da troupe dos serviçais, porém completamente inescrupuloso não mede esforços para conseguir os seus intentos. Envolvente e ardiloso consegue tirar o foco das suas trapalhadas direcionando para o pobre Pierrot. Imortalizado em suas roupas de losangos, famoso pela sua agilidade e desfaçatez consegue, espertamente, conquistar o amor da Colombina.

Completando o triangulo amoroso revela-se a Colombina. Em geral aparece como uma serva ou acompanhante de uma dama, com quem pode ser confundida pela beleza, inteligência e humor irônico. Envolve-se em intrigas, fofocas e trapalhadas muitas vezes induzida pelo outros elementos do trio. Ela é amada, secretamente, pelo Pierrot a quem, voluntária ou involuntariamente faz sofrer, com confidências da sua paixão pelo rival Arlequim.

Pelo apresentado, podemos ver que nada mais moderno e novelesco do que estes personagens do carnaval. As aventuras amorosas realmente não evoluíram muito nestes séculos. Pelo menos na parte popular.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Quero fugir para lá.

Direção de arte: Otavio

Imagens: França 2004

Trilha sonora: Edith Piaf (Hymne a l'amour)

Cortesia Roberto (Musikal)