Como culinária está sendo um assunto muito em moda nos blogs dos amigos. Eu para felicidade e, literalmente, bem estar de vocês, ao invés de passar uma receita ou exibir ao público meus vexames culinários, resolvi contar uma estória engraçada.
Contam as más línguas gaúchas, que existia nos primórdios da televisão nos pampas, um programa de culinária comandado por uma senhora que se chamava Dona Mimi Moro. Como tudo, no que diz respeito ao começo da televisão no Brasil, tal programa era de uma improvisação sem igual. A tal senhora, com idade avançada, literalmente esquecia, no ar, a receita que estava fazendo, deixando todos no estúdio sem saber o que fazer.
Outra de suas peripécias era pular itens do que estava sendo detalhadamente acompanhado pela câmera. Ou então simplesmente dizia, em alto e bom som, três xícaras de farinha de trigo e com todo descaramento colocava quatro. E justificava dizendo que era apenas para acertar o ponto.
Era extremamente dura com suas auxiliares. Ao vivo e sem cores, ela passava a maior descompostura quando alguma delas ousava fazer algo errado ou começava a fazer procedimentos que não tinham sido anunciados ainda pela chef. Totalmente politicamente incorreta, tratava as pobres como se ainda não existisse a Lei Áurea. O seu programa era patrocinado por uma companhia de fogões que nem existe mais – Geral.
Contam os amigos – as tais línguas acima - que se alguém tentasse seguir as receitas dadas no ar, nenhuma delas ficava igual à demonstrada pela cozinheira. Por sorte, ou para aqueles que gostavam das receitas ela publicou três livros. Naturalmente revisados.
Não tive o prazer de conhecer a personagem, mas hoje, nas minhas atividades de simples auxiliar de cozinha, para a felicidade de muitos, quando a pessoa que está no comando começa com muitos pega isso, abre aquilo ou lava aquela coisinha, eu prontamente arremato - tá com síndrome de Dona Mimi, é?
Contam as más línguas gaúchas, que existia nos primórdios da televisão nos pampas, um programa de culinária comandado por uma senhora que se chamava Dona Mimi Moro. Como tudo, no que diz respeito ao começo da televisão no Brasil, tal programa era de uma improvisação sem igual. A tal senhora, com idade avançada, literalmente esquecia, no ar, a receita que estava fazendo, deixando todos no estúdio sem saber o que fazer.
Outra de suas peripécias era pular itens do que estava sendo detalhadamente acompanhado pela câmera. Ou então simplesmente dizia, em alto e bom som, três xícaras de farinha de trigo e com todo descaramento colocava quatro. E justificava dizendo que era apenas para acertar o ponto.
Era extremamente dura com suas auxiliares. Ao vivo e sem cores, ela passava a maior descompostura quando alguma delas ousava fazer algo errado ou começava a fazer procedimentos que não tinham sido anunciados ainda pela chef. Totalmente politicamente incorreta, tratava as pobres como se ainda não existisse a Lei Áurea. O seu programa era patrocinado por uma companhia de fogões que nem existe mais – Geral.
Contam os amigos – as tais línguas acima - que se alguém tentasse seguir as receitas dadas no ar, nenhuma delas ficava igual à demonstrada pela cozinheira. Por sorte, ou para aqueles que gostavam das receitas ela publicou três livros. Naturalmente revisados.
Não tive o prazer de conhecer a personagem, mas hoje, nas minhas atividades de simples auxiliar de cozinha, para a felicidade de muitos, quando a pessoa que está no comando começa com muitos pega isso, abre aquilo ou lava aquela coisinha, eu prontamente arremato - tá com síndrome de Dona Mimi, é?
5 comentários:
Bela homenagem esta!
era realmente muito divertido o programa dela, e apesar deste ar digamos assim "informal", Dona Mimi virou uma referência culinária para várias e várias gerações do sul.
Tu tens razão sim, ela deixou discípulas e DISCÍPULOS, que continuam dando ordens para o séquito de "cunhãns" que ficam em órbita entre o fogão e o borralho....
Como gaúcho e saudosista assumido, agradeço a homenagem...
Estou gostando de saber que estou sendo inspiração nos blogs amigos!
Ai, que saudades!
Onde o menino foi encontrar o livro da Amalia - este era o nome da Mimi. Ela tinha umas receitinhas muito boas. Vários domingos comi no sítio dela. Ta certo que era esquecidinha também.
Eu tenho o Cozinhando com Dona Mimi, de 1969, autografado.
Quase chorei agora. Velhinha é tudo sentimental mesmo.
Maravilhosa ,agora dê algumas receitas
Caro amigo, conheci a referida senhora. Era realmente tudo isso e até mais um pouco. Mas também uma extraordinária cozinheira.
Agora, não entendi bem este desabafo na forma de uma incitação para rebelião de assistentes de chef. O ato de auxiliar deveria ser visto como uma missão, sem questionamentos. Ou comparações.
Postar um comentário