quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Ou talvez, em outro local, longe dali...

Onde estou? Esta foi a primeira pergunta que lhe veio à cabeça depois de acordar bruscamente. Que lugar era aquele? Como chegara ali? Não se lembrava de nada, sentia uma forte dor na garganta, quase insuportável. Estava caída no chão. Será que teria sofrido algum acidente? Desafrouxando a echarpe magenta que estava prendendo sua respiração, ajeitou o sobretudo e tentou levantar. Estava muito escuro, sentiu um pouco de medo, a única luminosidade vinha de um ponto que parecia ser o fim de um corredor. Cambaleante andou vagarosamente ao encontro daquela luz extremamente forte.

Chegando à claridade parou, olhando incrédula ao que via. O ambiente era completamente etéreo, estava lotado de pessoas, ou pelo menos ela imaginava que eram pessoas. Todas vestidas de um branco como jamais ela havia visto. Imediatamente sentiu uma paz celestial. Os seres que ali estavam deslocavam-se como estivessem flutuando. Sua visão estava um pouco distorcida, mas perecia que elas tinham asas. Pareciam anjos. Não existia o chão, eles realmente estavam voando.

Notou que um deles, o mais radiante de todos, de longe a avistou, sorriu e veio ao seu encontro. Sem que ele abrisse a boca ela ouviu sua voz. O anjo explicava que aquele era o momento da decisão, ela poderia dar um passo à frente ou recuar. À frente significava toda aquela vida iluminada, atrás toda a escuridão de um mundo cheio de perigos.

Então eu estou morta. Imediatamente se recordou de tudo. A fechada em seu carro, obrigando-a a perder o controle e parar nas margens da represa. A forte pancada que levou na cabeça quando o carro estancou. Seu pedido de socorro à pessoa que abriu a porta do carro. Seu horror ao notar que estava sendo estrangulada com sua própria echarpe. Antes de apagar completamente sentiu o carro deslizar para dentro da água. Seu último pensamento - alguém está me matando. Tinha certeza de já haver lido em algum lugar a situação pela qual passava.

Olhou fixamente o anjo que sorrindo lhe estendeu a mão. Segurou naquela delicada criatura e deu um passo a frente. Com susto sentiu um grande volume crescer à suas costas. Sim, eram asas, ela agora tinha asas. Numa total insegurança, mas apoiada em seu condutor, deslizou suavemente por aquele ambiente inebriante.

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Convite aos amigos:

Pegando a deixa do Odilon, e enquanto esperamos a continuidade da Confraria, sem cobranças, eu convido os amigos, por puro divertimento e sem o mínimo de compromisso com a estória, para que postem a sua versão dos fatos.

4 comentários:

Odilon disse...

Vi a sua mensagem no meu blog e inteligentemente fiz um comentário resposta... no mesmo local. Ou seja no meu próprio espaço. Como diria a minha amiga e aprendiz de etiquetas de blogs, Chrises, completamente fora de próposito.

A regra é essa: se colocarem no seu você deve ser cortês e retribuir, colocando no do autor.

Então vai ai... Gostei muito da proposta e do texto. Parabéns.

Agora vamos aguardar as contribuições dos confrades.

Adriana disse...

Voces dois..dois genios é muito!!Parabéns pela iniciativa.Foi brilhnte

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e

Anônimo disse...

Nice fill someone in on and this fill someone in on helped me alot in my college assignement. Gratefulness you as your information.