quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Workaholics ou worklovers?

Se você é uma pessoa compulsiva, viciada mesmo em trabalho, daquelas que além de ultrapassar as horas normais do expediente ainda levam serviço para casa. Mesmo nas horas de lazer vive com aquele problema pendente na cabeça. E indicado por todos como futuro portador de doenças físicas e psicológicas como o estresse, depressão e infarto. Então você é um workaholic.

Worklover, como a palavra diz é uma pessoa apaixonada pelo trabalho. Ama aquilo que faz, trabalha bastante também, mas de uma maneira mais saudável e menos ansiosa. Para eles o trabalho em si já é a maior recompensa. Se ganha bem pelo que faz, melhor ainda. Não ter a preocupação de contas no final do mês é uma dádiva ao alcance de poucos.

Em qual deles você se encaixa? Eu penso, por pura especulação, que a porcentagem de workaholics no mundo, é bem maior. Acredito ser muito difícil, até um privilégio, uma pessoa estar fazendo o que gosta, na área escolhida e do jeito que programou tempos atrás, quando ainda fazia sua formação. É quase um conto de fadas. Por esta razão, acho que a maneira worklover de trabalho é uma utopia, uma descrição imaginativa e idealizada do trabalho. Pelo menos para nós brasileiros, que dificilmente conseguimos fazer o que gostamos e temos que trabalhar naquilo que existe.

8 comentários:

Christiane disse...

E você, amigo Otávio: é workahollic ou worklover?

roberto bezzerra disse...

Eu não sou exatamente nem um, nem outro, mas já que tem que dizer alguma coisa, me aproximaria mais do woklover, já que não sou compulsivo. Além do mais não acho que a quantidade esteja vinculada à qualidade e a bons resultados.Às vezes, muito pelo contrário...

Otávio disse...

Você tem razão amiga, eu acabei não dizendo qual é o meu lado. Acho que algum tempo atrás eu fui um terrível workaholic, com um belo final dramático. Hoje como tenho uma locadora, não chego a ser um worklover, nem perto disso, mas e bem tranqüilo e de certa forma eu gosto.

Christiane disse...

Você tem uma locadora??????? De vídeo, devo assumir??? Se sim, a disputa deste fim de semana foi aburdamente desigual, e nós, pobre mortais, nem fomos comunicados deste fato!!!! Um expert em música e um em filmes??? Coisa feia!!!
(pontos para o forno de microondas, esse senhor justo, que veio em nosso socorro!)

Adriana disse...

Que ser meio a meio,mas sempre pensando numa praia,ou num shopping?(com dinheiro para gastar é lógico)

Neblina Orrico disse...

Gostei do seu texto. E quanto à dúvida: eu acho que sou meio worklover...hoje faço um trabalho que gosto, num ambiente muito bom, sem neuras e sem compulsão. hahaha! "Será?", vc vai pensar.
Abraço, Neblina.

Anônimo disse...

oiiiiiiii, parabéns!!!!!pelo blog!!! acho que hoje ainda faço k gosto , mas to procurando uma saída p/ ganhar um pouco mais , na minha idade não adianta fazer o k gosta e ganhar tãoooooooo p..., tem lá suas compensaçoes mas.... nunca e de mais ... bjussssss

Unknown disse...

Boa tarde, Otávio. Acredito que você esteja mal informado sobre como pode ser a vida dos worklovers. Na verdade, não é um privilégio por ser algo que foi programado e seguido, à risca, desde os tempos de formação. Se fosse assim, seria mesmo algo perto de um conto de fadas...A vida nunca é tão rígida. Mas, ao invés de ser algo programado, é algo construído, às vezes não apenas desde o começo da formação da pessoa, mas até antes, no seu modo de vida, na formação de sua personalidade e nas oportunidades oferecidas e utilizadas por ela para confirmar o que a realiza profissionalmente. Conheço várias pessoas assim. É um processo que leva tempo, exige disposição e paixão verdadeira por algo(a paixão que depois aparece na realização do trabalho); por isto, sim, pode ser considerado um privilégio. Exige auto-conhecimento e vontade, disposição e fé para investir no que se acredita(10% de inspiração/intuição e 90% de suor e, até, lágrimas.Quantos encaram isto? Vai encarar?). E muitas pessoas ainda não sabem fazer isto...Por isto, o worklover pode ser considerado algo difícil, sim, mas nunca imaginativo ou idealizado. É perfeitamente possível ir abrindo um caminho ao longo da vida, independentemente da época em que se decidiu fazê-lo, desde que esteja consciente do que lhe satisfaz profissionalmente e aproveitando cada oportunidade que se tem para escolher e se colocar no caminho desejado.E isto independe se estamos no Brasil ou não; mesmo aqui, há oportunidades para se encontrar o próprio caminho.Trabalhar no que existe pode ser uma parte do caminho do worklover: ele aceita o desafio para sobreviver, mas nunca perde de vista a sua real meta, o seu verdadeiro eu profissional. E... vo lá!... um dia, depois de tanto esforço e demonstração de vontade, ele consegue chegar onde quer.É como bater manteiga:você bate, bate, bate,... infinitamente, aquela massa,e parece que não vai dar ponto nunca. Então, quando você menos espera, a manteiga está pronta. Falo isso de experiência própria. E amo o que faço.Sou psicóloga e trabalhei por dez anos numa área fora da minha, desde que me formei, por várias questões pessoais. Mas, depois de muito penar, e finalmente sentir que PRECISAVA VOLTAR PARA MINHA ÁREA, INEXORAVELMENTE!, voltei a ela no ano passado, dei uma recauchutada no currículo, fiz cursos, corri atrás, e... voltei pro Céu.Hoje trabalho numa área que amo, a social, e sinto que nasci de novo. E eu nem sabia que gostava tanto dessa área, foi outra descoberta. Como eu disse, é uma longa construção. Cada um tem o seu tempo. Procure e descubra o seu. Um abraço, Shirley