sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A bela da meia-noite.

Conforme contei no primeiro post, quando decidi dar o nome de Chili verde para o blog, foi baseado na canção mexicana “La Llorona”. O que eu não sabia é que a música era inspirada na mais famosa lenda mexicana.

A versão mais difundida vem do século XVI e diz que moradores da Cidade do México, trancavam suas portas e janelas porque eram acordados à noite pelos prantos de uma mulher que andava ao luar, chorando. Aqueles que procuravam verificar a causa do pranto, diziam que a claridade lhes permitia ver apenas uma espessa neblina rente ao solo e aquilo se parecia com uma mulher, envolta em véus brancos. Percorria toda a cidade e sempre parava na Plaza Mayor, onde se ajoelhava voltada para o oriente, depois se levantava e caminhava até o lago e desaparecia.

Depois de rápida pesquisa na web, descobri coisas bastante interessantes. Primeiro que existem várias versões da lenda no próprio México. Depois que a imagem de uma mulher vestida de branco caminhando e chorando durante a noite é um mito com variantes em diversas partes do mundo.

No folclore brasileiro, o mito é descrito como sendo o fantasma de uma mulher de branco, de grande beleza, que seduz homens solitários e os convence a irem até sua casa. Eles a acompanham por volta da meia-noite até as proximidades de um cemitério onde são informados que ali é sua casa.

Confesso que fiquei bastante decepcionado com a falta de imaginação que parece atingir até as lendas mundiais. Aposto que se pesquisar um pouco mais descubro que o brasileiríssimo saci-pererê é primo de algum duende da Lapônia.

Êta mundinho pequeno!!!!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Quero a minha cama!!!!!!!!

Já queria ela de volta assim que acordei.

Hoje foi um daqueles dias. Depois de uma noite mal dormida, diversos assuntos que teimavam em seguir por caminhos completamente diferentes daqueles programados e ficar irritado pelo menos 80% do meu tempo, a única coisa que quero e dar uma passeada pelos blogs dos amigos e caminha.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Workaholics ou worklovers?

Se você é uma pessoa compulsiva, viciada mesmo em trabalho, daquelas que além de ultrapassar as horas normais do expediente ainda levam serviço para casa. Mesmo nas horas de lazer vive com aquele problema pendente na cabeça. E indicado por todos como futuro portador de doenças físicas e psicológicas como o estresse, depressão e infarto. Então você é um workaholic.

Worklover, como a palavra diz é uma pessoa apaixonada pelo trabalho. Ama aquilo que faz, trabalha bastante também, mas de uma maneira mais saudável e menos ansiosa. Para eles o trabalho em si já é a maior recompensa. Se ganha bem pelo que faz, melhor ainda. Não ter a preocupação de contas no final do mês é uma dádiva ao alcance de poucos.

Em qual deles você se encaixa? Eu penso, por pura especulação, que a porcentagem de workaholics no mundo, é bem maior. Acredito ser muito difícil, até um privilégio, uma pessoa estar fazendo o que gosta, na área escolhida e do jeito que programou tempos atrás, quando ainda fazia sua formação. É quase um conto de fadas. Por esta razão, acho que a maneira worklover de trabalho é uma utopia, uma descrição imaginativa e idealizada do trabalho. Pelo menos para nós brasileiros, que dificilmente conseguimos fazer o que gostamos e temos que trabalhar naquilo que existe.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Bom feriado .... pra vocês!

Exite apenas uma coisa que me desagrada mais do que trabalhar nos domingos. Trabalhar em feriados.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Os dez dedos.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA anunciou que a partir de amanhã estará cobrando uma nova exigência para os visitantes ao país, em vez das digitais dos dois indicadores, a imigração passará a exigir de todos os dedos das mãos.

O que vai acontecer com quem tem somente nove, que por uma infelicidade, perdeu um dedo em algum acidente de trabalho, no curto espaço de tempo que por ventura trabalhou na vida. Vai ficar igual à estória do jacaré, que não podia entrar na festa do céu porque tinha boca grande.

Coitadinho do jacaré!

domingo, 18 de novembro de 2007

Promessa é dívida.

E como eu prometi, estou aqui de novo para atender aos anseios de quem tem disposição para enfadar-se com o que eu escrevo. A fase auto depreciativa provavelmente deva ir até a sexta postagem.

Em cumprimento de outra promessa, vou assaltar a idéia de um amigo, que por sua vez surrupiou o propósito de um jornalista (?), muito antigo, especializado em assuntos sociais. Como eu gostei muito da brincadeira e ele não voltou a repeti-la (até achei que iria passar a ser uma enquete constante) resolvi fazer, não no mesmo estilo, mas de um jeito particular.

A idéia, como vocês devem lembrar-se, eram as tais das bolas brancas e pretas, coloquei um link para os mais esquecidos. Bom, então lá vai:

- Bola Branca, aliás, dourada, o tremendo pito que o rei deu no cucaracho;

- Bola Preta, enquanto eu e o mundo aplaudíamos o ato, aquele que deveria ser o guardião das opiniões do país, resolveu emitir mais um de seus comentários. De novo, resolveu dizer coisas descabidas e particulares, completamente fora do papel que lhe compete.

É, a gente tenta, até esforça-se para ter orgulho de ser brasileiro, mas está ficando cada vez mais difícil.

E como vocês podem perceber, eu como sou bem descarado roubei inclusive a imagem do post do amigo.

sábado, 17 de novembro de 2007

A segunda vez é pior.

Escrever aqui pela segunda vez está parecendo ser uma tarefa pior que a primeira. Os amigos insistem em dizer que postar no blog não precisa ser um exercício obrigatório, diário, tem que ser de acordo com a nossa vontade. Bem, ai eu pergunto, e se nossa vontade é realmente de continuar escrevendo, mas não sabemos o que? Não conseguimos encontrar sobre o que falar? Só temos a certeza de que queremos continuar escrevendo.

Hoje eu queria escrever sobre alguma coisa diferente Mas que coisa? O que as pessoas gostariam que eu escrevesse? Santo Deus, onde fui me meter? O que eu estou fazendo aqui? Muito difícil esta vida de blogueiro. Como fui me deixar envolver nesta armadilha, era tão mais fácil a situação antiga, a estória de só jogar pedra no vidro do vizinho sem se preocupar com o seu. Percebi-me extremamente incomodado com a situação. Não, isto tudo não pode ser desse jeito. E resolvi que o será escrito aqui, vai ser do meu jeito.

Depois de muito vai para frente e vai para traz do cursor, o que ficou foi este texto. Não vou dizer que tem a minha cara, porque acho que não sou tão complicado assim. O que eu posso prometer é que o próximo será mais centrado em algum assunto, nem que eu tenha que pegar emprestado algum espírito inspirador de algum dos amigos que esteja de folga, ou me impor um tema e fingir que estou prestando algum concurso, em que a redação vale muitos pontos.

Depois disso tudo, vale o que eu disse no título, a segunda vez é pior.
Mas passou sem dor, sem culpas e sem traumas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Chili verde?

Não pensem que vou falar de um país da América do Sul ecologicamente correto. Para mim chili verde era só um tipo de pimenta mexicana, picante, porém saborosa como diz “La llorona”, grande sucesso da Chavela Vargas. Qual foi a minha surpresa de encontrar, depois de algumas mexidas na internet, alguns outros significados, todos ligados à comida.

Além da pimenta que é bastante conhecida no México e sul dos Estados Unidos, esse nome é usado para uma comida típica mexicana e texana, cuja receita pode incluir tudo o que vocês imaginarem mais chili powder (mistura de diversos tipos de pimenta com alguns temperos aromáticos).
Encontrei receitas que levam feijão, outras usam carne moída e outras ainda são feitas com nacos de carne de porco. Pode-se colocar jalapeños ou pimentões, mas todas as receitas têm tomatillos. Como não conheço ninguém no México e nem tenho o e-mail da própria Chavela, não tive como conferir qual é a original.

Imagino que a semelhança de alguns pratos brasileiros, cada mãe mexicana deve ter sua receita, provavelmente que aprendeu com uma avó qualquer da província da Jalisco, talvez nos arrabaldes de Guadalajara.

Alguém dos amigos comentou, uma vez, que gostaria de formar uma confraria de alimentação ou de vinhos. Que tal começarmos pelas variações de receitas de chili verde. Quem sabe acompanhado com uma garrafa de Cabernet Sauvignon Gran reserva da Casa Madero, safra 1999.